"É de florir que eu sei, mas tem dias desaprendo. Não é coisa que se retome mastigando livros, esse tal brotar - mas suspirando ao pôr do sol. E ando num tempo que em mim o sol não nasce. Sigo anoitecida. Puída. Desbotada. Tendendo a crises de autocomiseração. Sigo insone-insana. Esgotada. Falida. Implorando que meus hojes amanheçam futuro - iluminado, embevecido. Porque quando o olhar abraça forte o amanhã, traz o horizonte pro nosso quintal. E faz voltar a florir."

Sylvia Araujo

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