Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça e a sabedoria de só saber crescer até dar pé.
Eu não sei onde quero chegar e só sirvo para uma coisa- que não sei qual é!
És de outra pipa e eu de um cripto.
Tu, lipa
Eu, calipto.
Gostas de um som tempestade
Roque
Lenha
Muito heavy
Prefiro o barroco italiano e dos alemães o mais leve.
És vidrada no Lobão eu sou mais albônico.
Tu, fão.
Eu, fônico.
És suculenta e selvagem como uma fruta do trópico
Eu já sequeie me resignei como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim eu não tenho nada teu.
Tu, piniquim.
Eu, ropeu.
Gostas daquelas festas que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais em que sou pertinente
E, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
És uma miss, eu um místico.
Tu, multo.
Eu, carístico.
És colorida, um pouco aérea, e só pensas em ti.
Sou meio cinzento, algo rasteiro, e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano,
Uma sã e o outro insano.
Tu, cano.
Eu, clidiano.
Dizes na cara o que te vem a cabeça com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras, escolho uma terceira e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano enquanto eu cismo.
Tu, tano.
Eu, femismo.
Luís Fernando Veríssimo
Tens forma e graça e a sabedoria de só saber crescer até dar pé.
Eu não sei onde quero chegar e só sirvo para uma coisa- que não sei qual é!
És de outra pipa e eu de um cripto.
Tu, lipa
Eu, calipto.
Gostas de um som tempestade
Roque
Lenha
Muito heavy
Prefiro o barroco italiano e dos alemães o mais leve.
És vidrada no Lobão eu sou mais albônico.
Tu, fão.
Eu, fônico.
És suculenta e selvagem como uma fruta do trópico
Eu já sequeie me resignei como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim eu não tenho nada teu.
Tu, piniquim.
Eu, ropeu.
Gostas daquelas festas que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais em que sou pertinente
E, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
És uma miss, eu um místico.
Tu, multo.
Eu, carístico.
És colorida, um pouco aérea, e só pensas em ti.
Sou meio cinzento, algo rasteiro, e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano,
Uma sã e o outro insano.
Tu, cano.
Eu, clidiano.
Dizes na cara o que te vem a cabeça com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras, escolho uma terceira e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano enquanto eu cismo.
Tu, tano.
Eu, femismo.
Luís Fernando Veríssimo
Nenhum comentário:
Postar um comentário